A Polícia Civil de Caçador, através da Delegacia de Proteção
à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) está colocando em prática uma
nova iniciativa para ajudar mulheres vítimas de violência. Trata-se de um grupo
reflexivo com o objetivo de reunir e dar apoio a pessoas nessa situação.
O psicólogo da DPCAMI de Caçador, André Beber de Souza,
explica que o grupo reflexivo é uma das ações do projeto PC Por Elas, da
Polícia Civil de Santa Catarina.
“A proposta da atividade é reunir mulheres em situação de
violência doméstica, tendo como objetivo refletir sobre seus fatos vivenciados,
bem como com a redução dos danos psicológicos, emocionais e físicos das vítimas
atendidas pela DPCAMI de Caçador”.
Cada grupo será contínuo e terá duração de oito encontros,
tendo como público participante de 5 a 8 mulheres. Além do psicólogo André,
duas estagiárias mulheres também fazem parte da equipe do projeto.
“A violência sofrida pelas mulheres no âmbito familiar é um
assunto delicado, mas que precisa de reflexão principalmente pelas próprias
mulheres para entenderem que têm meios de superar e sair dessa situação”,
acrescenta a estagiária do projeto, Sabrina Misturini.
Também estagiária de Psicologia, Tainara de Quadros, afirma
que “o grupo se propõe a ser um espaço de escuta, que estimule a empatia, a
autonomia emocional e material, visando a superação das barreiras que impedem
as mulheres de fazerem escolhas saudáveis e planejadas.
A ideia do projeto é envolver também entidades e empresas
parceiras, inclusive com apoio para as mulheres conseguirem uma colocação
profissional. “Muitas vítimas de violência não se separam pela dependência
financeira do companheiro, e por isso queremos agir nessa frente também",
conclui André.
Os encontros dos grupos reflexivos de vítimas de violência
doméstica acontecerão na sede própria da própria Delegacia da Mulher de
Caçador, no espaço chamado de Sala Lilás. O delegado responsável pela DPCAMI,
Marcelo Colaço, ressalta a importância do projeto.
“Esse projeto é fundamental para a nossa delegacia que já
tem uma atuação forte na parte criminal, e agora os grupos reflexivos são um
suporte a mais para que as mulheres não voltem a ser
vítimas de violência”.