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Mundo Novo


SANEAMENTO URBANO

A qualidade dos serviços urbanos constitui-se um dos parâmetros para a identificação do nível de desenvolvimento de uma cidade. Essa relevância tem originado inúmeros estudos que enfocam esses serviços através de diferentes problemáticas, principalmente no que está relacionado com a gestão das águas urbanas.

Os aspectos ligados com a desigualdade no acesso aos bens de consumo, a crise das empresas de serviços públicos e a crise de financiamento têm adquirido importância crescente.

No que diz respeito aos serviços de saneamento urbano, segundo a pesquisadora Ernestina Gomes de Oliveira, duas características determinam sua importância na incorporação da problemática ambiental como elemento de análise: “por um lado, esses serviços estão diretamente ligados à água, identificado como bem de uso comum; por outro, o processo de concentração espacial que é próprio da urbanização”.

A discussão do saneamento urbano vem levando setores especializados da sociedade civil e técnicos da área a iniciarem um processo de construção de uma proposta diferenciada, incorporando a questão da sustentabilidade. Assim, as companhias de saneamento brasileiras têm discutido a gestão de sua matéria-prima a partir de uma visão ecológica ao abordar a questão através da bacia hidrográfica e do ciclo hidrológico. Essa abordagem, entretanto, não tem conseguido contemplar aspectos políticos, sociais e culturais, na medida em que estes fogem de sua esfera de intervenção. Tais aspectos devem ser necessariamente tratados no âmbito do Estado e da própria sociedade, onde as políticas sociais, incluso a de saneamento, são definidas.

Cada vez mais torna-se imprescindível a participação de toda a sociedade na discussão sobre o saneamento ambiental; seja através do Comitê de Gerenciamento de Bacia Hidrográfica; de ONGs, de empresas, ou mesmo dos órgão governamentais. Até porque todos são usuários da água, e um plano de uso da água só poderá ser aplicável se todos os setores participarem na sua elaboração e desenvolvimento.

Bem, o primeiro passo é conscientizar todos os setores sobre a importância do gerenciamento da água em nossa Bacia, somente depois de conscientes é que as mudanças poderão ser efetivamente implantadas. De qualquer modo, em relação a isso, ainda temos um longo caminho a seguir na busca por estes ideais!

Um grande abraço a todos e até a próxima.

Eng. Júlio César Moschetta da Silva


Júlio César Moschetta da Silva

Graduado em Engenharia Ambiental, especialista em Educação Ambiental e Gestão de Recursos Hídricos. Atuante em Conselhos Municipais em Caçador, Comitê da Bacia do Rio do Peixe e OnG Gato do Mato. Na coluna Mundo Novo Júlio escreve sobre assuntos ambientais, relacionando o tema com o desenvolvimento humano. Também aborda assuntos de caráter filosófico, abrindo discussão sobre a consciência humana.

julionatural@yahoo.com.br