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NÃO SOMOS MÁQUINAS

A coluna desta quinzena estava praticamente pronta, quando me deparo com a data do dia 15 de Outubro, o dia do professor, ao receber inúmeros parabéns e elogios, confesso que alguns me emocionaram e lembrei-me de uma citação de um professor, “Não é porque trabalhamos com máquinas que temos que ser iguais a elas”, motivo este que me levou a escrever a coluna desta quinzena com este assunto...

Nós profissionais de ciências exatas temos uma dificuldade imensa em relacionarmos, o que vemos hoje são pessoas excelentes tecnicamente falando, mas não sabem se quer dar um “Bom dia”, um “Olá, como vai?”, é bom lembrar que máquina é algo sem vida, afinal o que seria de uma máquina se não existisse um ser humano a operando?

Gostaria de citar aqui uma frase do nosso célebre Steve Jobs:
Se hoje fosse o último dia de minha vida, queria fazer o que vou fazer hoje? E se a resposta fosse Não muitos dias seguidos, sabia que precisava mudar algo.

Vocês já pararam para refletir a importância dessa frase? Quantas vezes estão fazendo algo que não gostamos, para agradar a mãe, pai, esposa, chefe, etc...

Já ouvi pessoas dizendo “Eu vou cursar esta faculdade, porque meu pai quer... Ele falou que dá dinheiro...”.
Sinceramente o que dá dinheiro é você trabalhar para ser melhor do que você foi ontem.

Outra coisa muito comum em nossa área é conhecermos pessoas que se acham donos da verdade, e tenho certeza que cada um que está lendo este artigo nesse momento imaginou alguém, o grande erro de alguns profissionais de tecnologia é esquecer que precisam das pessoas e não somente das máquinas para desenvolverem seu trabalho, e ao achar-se autossuficiente acabam se isolando do convívio social.

A necessidade de nos prepararmos tecnicamente é tão grande, que nos esquecemos de desenvolver o nosso relacionamento pessoal, alguns profissionais trabalham com tecnologia porque não gostar de pessoas, porém sempre haverá pessoas envolvidas nos processos, além disso, esquecemos de buscar o que nos dá prazer, uma vez li uma frase que me chamou a atenção e dizia:
 - “Fazer o que gosta ou gostar do que se faz?”.
Quando fazemos o que gostamos estamos indo de encontro a uma necessidade nossa como ser humano, realizando nosso desejo, porém concordo que nem sempre se fazermos só o que gostamos vamos ter o retorno financeiro desejável, por esse motivo, acredito sim que devemos fazer o que gostamos, no entanto se surgir uma oportunidade de algo novo, ás vezes é plausível aceitarmos algo novo, e então gostar do que se faz. Você pode não estar fazendo o que gosta, mas com certeza estará gostando do se faz, dando seu melhor, sendo receptivo com a oportunidade a ti proporcionada, que sinceramente pode mudar sua vida.

Hoje sou agraciado em fazer algo que amo, lecionar. Sempre me falaram da importância em se fazer o que gosta, porém lhes confesso que sempre fui capitalista, e pensavam “Eu vou fazer algo que me de dinheiro, isso que importa”. Mas com o passar dos anos a gente vê o quanto está errado e ainda bem que há tempo para mudança, sempre adorei trabalhar com Tecnologia da Informação, porém sentia falta desse contato com o ser humano e nada mais gratificante que você saber que está sendo importante para alguém, que alguém leva seus ensinamentos, que prestam atenção no que você fala, de olhar e ver aqueles olhinhos prestando atenção em tudo que você fala ou faz, confesso que ás vezes tal responsabilidade assusta, pois muitas vezes sei que cai sobre o ombro do professor uma vida bem ou mal sucedida a partir dos ensinamentos que são aprendidos em sala de aula.

Nesta semana gostaria de parabenizar a todos os colegas professores, agradecer aos meus mestres e professores, que acredito sempre deram o seu melhor...

E para finalizar deixo-lhes mais uma frase de Steve Jobs, para refletir sobre o texto...

"Ser o homem mais rico do cemitério não importa para mim... Ir para a cama à noite, dizendo que fiz algo maravilhoso... É isso que importa para mim.”

Boa semana e até a próxima...


Juliano Vieira

Graduado em Sistemas de Informação pela UNIARP e pós graduando em Redes e Segurança de Sistemas pela PUC-PR, tem vivência como Gestor de T.I. A coluna TechNet traz ao leitor tendências e demandas tecnológicas, dando ao internauta uma noção de tecnologia, além de dicas e sugestões para melhorar a vida online das pessoas.

juliano1985@gmail.com