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Amor & Sexo


O amor só é bom quando é correspondido

“Lidiane, depois de muito me encherem o saco (rsrs) para te escrever eu tomei coragem e resolvi fazer o que me disseram para lhe contar uma história muito esquisita e macabra (rsrs). Bom, vamos lá. Eu tenho 23 anos, moro com meu pai e tive um desencontro amoroso meio trágico, digamos assim. Ah! Mas por quê? É que há uns três anos e meio eu e minha prima em uma de nossas caminhadas no centro da cidade encontramos três rapazes (vou usar nomes fictícios aqui) o João, o Lucas e o Eduardo, ambos muito amigos e muito simpáticos, nos chamaram a atenção, quando passamos em frente a uma pizzaria, no centro.

Num primeiro momento não reparamos, mas um deles, veio atrás e nos cumprimentou pedindo se não queríamos tomar alguma coisa, fazer um lanche e etc e tal. Um tanto envergonhadas, não aceitamos e eles decidiram então pedir para apenas conversarmos, em algum lugar, para nos conhecermos e iniciarmos uma amizade. Bom, até aí tudo bem, né! Que mal tem nisso! O rapaz que veio falar com a gente foi o "João" que voltou correndo até o "Lucas"e o "Eduardo" para chamar os dois para a conversa. Enquanto isso eu e minha prima sentamos na vitrine de uma loja e ficamos aguardando os rapazes. Lidiane, quando eles vieram, nossa, eu vidrei no "Eduardo". Não que ele fosse assim um príncipe encantado, mas acontece que eu já tinha ficado interessada nele uma outra vez, há uns meses atrás, quando o vi na Beira Rio com alguns amigos. Ou seja, eu estava frente a frente com um garoto que desejei ficar e era uma grande chance! O João tinha namorada e logo foi pra casa, mas, o Lucas e o Eduardo não tinham namorada, e papo não faltava pra eles. Eram muito engraçados e extrovertidos. As horas passaram que a gente nem viu. Eu e minha prima rimos tanto aquela noite que já não suportávamos mais ouvir as anedotas que os dois nos contavam. O azar entrou em cena porque quem ficou no meio e do meu lado não foi o Eduardo e sim o Lucas q era muito querido e bacana, mas, eu não estava muito afim de papear. Eu queria mesmo era saber do outro que, pela minha infelicidade, estava em altos papos cm a minha prima. Trocamos telefone e fomos para casa depois de horas de conversa. Lidi, naquela noite eu senti meus sentidos estremecerem, afinal, fui pra casa ouvindo de minha prima que o Eduardo era isso, era aquilo e não sei mais o que é que eles haviam marcado. Enfim, eu não tive coragem de contar a verdade a ela e dizer que eu estava afim dele há meses e me calei. No outro dia nos reencontramos e, como a carroça já tinha desandado morro abaixo (rsrs), eu acabei ficando com o Lucas e pensando: “agora eu tenho que esquecer o Eduardo porque pelo que parece tanto ele como minha prima estão se envolvendo cada vez mais e não vai ser eu que vou estragar tudo, até porque não foi eu que ele "escolheu".” Que idiotice a minha achar que ficando com o amigo do cara eu ia esquecê-lo. Ah! Tá bom, 2 vezes, que nada, foi bem pior! O tempo foi passando e eu e o Lucas acabamos perdendo o contato e minha prima e o Eduardo se viam todos os dias e acabaram também ficando. Lidi, eu chorava quase todo o santo dia por ele, mas eu tinha que conviver cm isso sempre porque comecei a vê-los diariamente juntos e felizes. Só que existiam alguns segredinhos na vida da minha prima e ela não revelou a ele e, algumas vezes, eu pensava em contar, não para tê-lo mas porque achava injusto e, muitas vezes, alertava minha prima sobre isso, porque não é por nada, Lidi, mas, ele fazia de tudo pra ela. Deixou muita coisa por ela e eu não achava nem um pouco justo com ele o que ela fazia, esconder coisas que ele tinha que saber. Mas... não deu outra e eles começaram a namorar. Minha prima começou a freqüentar a casa dele, que já fazia mais de um ano que morava sozinho. E, pra variar, eu acabava sendo convidada para ir até lá, uma vez que ele me considerava muito amiga e até dizia que eu seria madrinha do casamento. Nossa, eu sorria por fora, mas por dentro, eu morria dia a dia. Sabe Lidiane, eu achava que era apenas uma paixão, mas vi que não. Muitas vezes eu abri mão de algumas coisas só para poder fazer algo por ele. Claro por ela também, afinal, viviam juntos. Lidi, quando brigavam eu estava lá para tentar unir novamente os dois. Lutava pela felicidade deles de todo o coração, porque eu o via feliz e se ele estava feliz pra mim estava tudo bem.

Os meses passavam e cada vez eu sofria mais por ver escapar das minhas mãos, como areia entre os dedos, quem sabe, o amor da minha vida. E, eu? Eu apenas lamentava e me condenava a uma solidão sem fim. Até procurei me envolver novamente com o colega dele, mas não, tinha o mesmo sabor, não adiantava mais. Eu estava amando-o. E, tentar esquecê-lo assim, talvez fosse pior, porque tudo o que o outro fazia me lembrava a ele. Deixei quieto e não o procurei mais, no intuito de curtir a minha fossa sozinha. Mas, como toda a verdade é descoberta, o Eduardo acabou descobrindo os tais `segredinhos´ da minha prima e terminou tudo com ela. A bobona aqui até tentou reconciliá-los, mas, não teve jeito, ele se magoou e muito e colocou um ponto final na relação. Há uns meses atrás ela viajou e, por acaso na rua, eu o reencontrei, lindo e simpático como sempre foi, afinal, pra mim ele sempre foi perfeito em muitos sentidos. Começamos a papear e ele desabafou sobre a minha prima. Eu ouvi atentamente e resvalei em contar toda a verdade. Sim, eu contei a ele que o amava e tudo o que eu tinha feito foi por amor, por querer vê-lo feliz, por acreditar que era minha prima que o faria feliz, porque ele a amava. Ele ficou atônito com tudo o que falei e eu pedi para que não ficasse bravo comigo por eu o amar. Eu não tinha culpa e ele disse que estava chateado, sim, por eu não ter falado isso antes. Por eu não ter sido honesta com ele e aberto o jogo logo, porque isso foi terrível para ele, porque ela o enganou e eu sabia de tudo. Eu o amava e não fui capaz de contar a verdade. Eu fiquei muito mal, mas, não podia mais esconder. Eu suportei por muito tempo e estava me sufocando, afinal, eu ainda o amo com a mesma intensidade de três anos atrás. Lidi, hoje já faz mais de quatro meses que eu contei a ele. Conversamos, às vezes, por msn e Facebook e hoje ele, mais "curado" do tombo, me pergunta, de vez em quando, como está meu coração. Eu sinto meu corpo tremer e começo a chorar. Ele que está lá do outro lado não sabe e nem percebe que, às vezes, demoro a responder porque ainda dói e muito, porque o que eu queria era tê-lo aqui perto de mim, para curar de uma vez essa ferida que se abriu em meu peito. O que eu te pergunto agora é o seguinte: o que eu devo fazer com essa situação. Puxa eu passei tanto tempo sofrendo e imaginado como seria se ele me notasse, se ele visse que quem amava ele acima de qualquer coisa era eu. E agora depois do que passamos será que um dia ele vai se permitir estar ao meu lado ao menos para ouvir de mim que o que eu sinto está aqui e nunca vai sair? Ou por eu ter sido uma grande amiga e por ele ter se envolvido com minha prima vai pesar em sua consciência? Eu queria poder voltar no tempo, Lidi, para apagar isso e não ter medo de contar que eu o queria. Queria ter arriscado levar um NÃO, mas, não ter passado isso. E agora o que eu faço? Já pedi pra DEUS uma resposta, mas acredito que ele está confiando que eu saberei como passar isso, mas, sinceramente eu estou com medo, será que eu fiz certo em contar a verdade agora? Será que ele vai me julgar por isso? Lidiane, eu agradeço se você tiver como me ajudar. Obrigada.” Jéssica (nome fictício) Berger

Ai ai ai Jéssica. Não coloca em minhas mãos a sua vida. Sou apenas uma mulher que, ao longo dos meus 38 anos, já sentiu o gosto amargo das desilusões amorosas, mas, que também já teve momentos muito felizes com antigos amores e que, hoje, está vivendo uma romântica história de amor com um rapaz que conheço desde criancinha. Jéssica, não quero que leve ao pé da letra o que vou te falar, porque quem sou eu para saber o que é certo ou errado numa relação, aqui apenas dou os meus pitacos, do que EU ACHO correto ou errado. Longe de mim ser a dona da verdade. Acho que até dou alguns conselhos sensatos porque vejo a relação dos meus leitores do lado de fora e falar do que não está se vivendo é muito mais fácil, o difícil é AGIR quando estamos ‘ENAMORADOS’ por alguém.

Amiga, pelo que escrevo por aqui você já deve ter percebido que já levei várias rasteiras do tal amor, mas, que em todas às vezes SOBREVIVI. Sabe Jéssica, depois que conseguimos nos desligar de um antigo amor vemos o quanto fomos bobas em sofreu tanto. MAS amiga, olha como é o destino, em algum lugar tinha alguém que realmente gostava de mim e que um dia iria me encontrar. E, ENCONTROU. (srsrs) Hoje estou muito feliz e rindo à toa.

Por isso Jéssica o que tenho para te dizer é o seguinte. Amiga, no meu ponto de vista vai chegar o dia em que você vai acordar, olhar para o lado e ver que tem outras pessoas muito mais interessantes dispostas a te amar e te fazer feliz. Mas isso amiga, não é no seu tempo, mas, no tempo de DEUS. O que passamos, o quanto sofremos, é uma provação, é algo que cada um tem que passar.

Falo isso porque vivi isso. Vivi como você, esperando por alguém que não me amava. E amar sozinho não é nada bom. O amor só é bom quando é correspondido. Não existe essa de amar por dois. Ou você ama e é amada OU pula fora, porque esse, literalmente, é um barco furado.

Jéssica, você conhece esse texto do Mário Quintana?
“Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O SEGREDO é não correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você.”
O que achou Jéssica?

Hoje, eu concordo plenamente com essas palavras. Isso realmente aconteceu na minha vida. Por isso te digo: se esse rapaz gostasse ou sentisse algo por você já teria se envolvido. Amiga, não existe declaração maior do que dizer: Eu te amo! Eu sempre te amei! E o cara ficar com cara de pastel só te ouvindo. Vira a página Jéssica. Seja feliz amiga! Quero te ver bem. Quero receber outro e-mail seu. Só que da próxima vez me contando sobre seu novo amor. Certo?

Com carinho,
Lidiane Cattani Rabello - jornalista


Lidiane Cattani

Depois de conversas e conselhos sobre relacionamentos amorosos à amigas, Lidiane passou a publicar essas histórias e opiniões. Os artigos deram tão certo que já são três anos desse trabalho. A participação do leitor e as pautas sobre o assunto são muitas, o que garante boas histórias. A popularidade da coluna se justifica pelo fato dos leitores se identificarem com as situações e pela forma descontraída como a autora conduz as respostas. A maioria dos artigos são apimentados, o que aguça a curiosidade do leitor.

cattanirabello@hotmail.com