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Amor & Sexo


Ouvir o amor ou a razão?

“Olá, Lidiane, sempre vejo suas colunas e percebo que nas maiorias das vezes quem escreve são as mulheres. Percebo que nos dias de hoje os homens estão deixando seus sentimentos de lado, ou não querendo se expor. Bom, não deixei meus sentimentos de lado, ao contrário, sou um homem muito apaixonado e romântico. Sou um homem trabalhador e honesto, não tenho vícios, namoro há quatro anos, sou onze anos mais velho que ela, nunca tinha se quer levantado alguma desconfiança de minha namorada, a gente sempre brigava por vários motivos que eu julgo motivos bobos e o tempo foi passando e fui percebendo que cada vez eu a amava mais, até um dia cheguei a pensar que sem ela eu não viveria mais. Muitas foram as vezes que a gente terminou, porém sempre houve volta, as vezes eu ia atrás dela as vezes ela vinha atrás e assim ia andando nosso namoro.

No começo era tudo muito bom. A gente se divertia, ríamos, brincávamos um com o outro e assim por diante, mais o tempo foi trazendo mais coisa e levando a falta de entendimento das partes, diminuímos as saídas, as brincadeiras foram deixando de existir, até mesmo pela falta de tolerância. Já não estava mais como antes com isto começou as desconfianças, brigas, acusações e assim por diante. Muitas foram às vezes que ela terminou comigo por este motivo, porém eu sabia que não estava errado e como meu propósito não era magoá-la sempre tentava contornar a situação e acabávamos voltando. Como citei antes eu vivia por esta mulher, cheguei em pensar um dia que preferia a morte do que perdê-la, já tinha perdido meu amor próprio. Há uns tempos pra cá as coisas começaram a ficar diferente, a sua falta de atenção comigo começou ficar mais frequente, senti que nosso relacionamento começou a acabar de vez e mais uma vez busquei saber o que estava acontecendo. Aí veio minha decepção, descubro que a pessoa que amo está se relacionando por internet e por telefone com outra pessoa, não acredito que se relacionaram pessoalmente (ainda) mais me senti traído, pois por mais que ela pensasse que eu a enganava, eu estava de consciência limpa, nunca a trai nem em pensamento. Então a chamei pra conversa e foram muitas as explicações, mas nem uma concreta, tudo lorota, nada verdade.

Hoje estou em um dilema, pois sinto que ainda gosto dela, mais não confia mais. Sei que a base de um relacionamento é a confiança. Meu coração pede para eu tentar ainda mais um pouco, minha razão fala pra por um basta. Não sou muito de viver aventuras de amor ou paixões verdadeiras. Sou um cara meio tímido para me entregar em um relacionamento mas quando me entrego sou fiel e sei dividir muito bem o que é uma amizade e o que e uma paixão. Hoje a maioria das mulheres não acredita em amizade entre homens e mulheres sem sexo, pois bem acredito que este pensamento de minha namorada levou tudo pra onde chegamos. Bom esta e a história que estou vivendo hoje. Qual seu ponto de visto com relação a tudo que relatei?” Anderson (Nome fictício) - Centro

Sabe Anderson, eu acredito que possa existir amizade entre um homem e uma mulher. Eu tenho bons amigos homens e, pode acreditar, não os vejo como homem e também acredito que eles não me vêem como mulher, apenas como uma grande amiga.

Mas amigo, quando o assunto é relacionamento homem/mulher eu acho que o casal nunca deve deixar que a amizade se sobressaia ao desejo, a atração física/sexual entre os dois. Quando a amizade começa a prevalecer é bom abrir os olhos porque o amor de homem e mulher este indo para o ralo. E isso não é bom! Todos sentimentos necessidades carnais e quando perdemos o desejo pelo homem ou pela mulher que estamos vivendo, automaticamente começamos a buscar um parceiro para suprir essa carência fora da relação. E isso vale tanto para o homem quanto para a mulher.

Por isso amigo, o meu conselho para os casais é que não deixem o fogo da paixão baixar. Todo os dias devemos alimentar o amor. Como sempre digo por aqui. O amor é como uma planta que deve ser regata todos os dias, caso contrário, ela morre. E a relação homem/mulher não é nenhum pouco diferente, precisamos dar e receber carinho e chamego todos os dias.

Não devemos perder o hábito de dizer: EU TE AMO, eu te desejo, eu estou feliz com você. Não podemos perder o hábito de querer saber como o companheiro (a) está, se precisa de algo. Devemos fazer agradinhos, enfim, uma relação é feita de pequenos detalhes que fazem toda a diferença. Entendeu amigo?

Anderson, agora vamos ao seu relacionamento. Querido, no meu ponto de vista, vocês deveriam sentar e conversar. Ver o que cada um ainda sente um pelo outro. Se o amor for recíproco, mesmo que desgastado, a relação tem salvação, mas caso uma das partes não esteja mais na mesma sintonia, então, o negócio é aceitar o distanciamento e se preparar para buscar um novo amor.

Fácil? Para quem ainda ama EU SEI QUE NÃO É. Massss, a realidade deve ser encarada de frente. Quem ainda ama vai sofrer? VAI. Mas, nada como o tempo para tudo entrar nos eixos e começar a ver o ex-relacionamento com clareza. Depois que superamos a perda começamos a enxergar as oportunidades que estão muito claras do nosso lado. Mas para isso precisamos estar preparados.

Sabe Anderson, hoje que estou amando novamente, vejo tudo com a lente ampliada, tudo fica mais fácil de se entender. Não sei, a impressão que dá é que evoluímos, amadurecemos. Hoje eu em paz e serena, me sinto mais preparada para responder e ver com mais clareza os relacionamentos que chegam até meu conhecimento. E isso é bom, porque procuro fazer com que as pessoas vejam que o amor é felicidade e não sofrimento e se a pessoa não está feliz, não é feliz, deve se DAR e DAR a oportunidade para a outra pessoa ser feliz. Não devemos prender NINGUÉM com nosso amor, muitas vezes doentio. Entendeu

Amigo, pense única exclusivamente na sua felicidade. Responda para você mesmo: Eu estou feliz nessa relação? Minha namorada está me fazendo feliz? Anderson as respostas que você busca em mim estão dentro de você. Pense nisso!

Com carinho,

Lidiane Cattani Rabello - jornalista


Lidiane Cattani

Depois de conversas e conselhos sobre relacionamentos amorosos à amigas, Lidiane passou a publicar essas histórias e opiniões. Os artigos deram tão certo que já são três anos desse trabalho. A participação do leitor e as pautas sobre o assunto são muitas, o que garante boas histórias. A popularidade da coluna se justifica pelo fato dos leitores se identificarem com as situações e pela forma descontraída como a autora conduz as respostas. A maioria dos artigos são apimentados, o que aguça a curiosidade do leitor.

cattanirabello@hotmail.com