“Oi Lidi! Sou Teodora (nome fictício), tenho 18 anos e venho te contar minha história. Há mais de um ano comecei a me relacionar com um rapaz. Ele tem 23 anos, eu já o conhecia há mais de quatro anos, mais só de vista. Há um tempo atrás ele ficava com duas primas minhas, mas elas nem ligam dele estar comigo. Ele era muito galinha antes de me conhecer. Mas, eu acho que fiz ele mudar. Ele foi meu primeiro namorado, me apaixonei por ele muito rápido, desde então não o larguei mais. Estava tudo bem entre a gente. Ele sempre me disse que estava comigo por que eu era uma moça de família, que eu era uma menina certinha. No ano passado ele acabou me traindo. Eu andava desconfiada, até que descobri tudo. Ele me pediu perdão. Fez de tudo para eu não terminar com ele. Eu o amo tanto que acabei perdoando, mas acabei sofrendo, fiquei mais de um mês só chorando e pensando nisso. Ele não cansava de me pedir perdão por esse erro, me dava força para eu esquecer. Essa fase passou. Graças a Deus! Eu sempre pensava: “Poxa! Eu não sou feia, tenho 1,68cm de altura, 58 quilos, cabelo comprido e sei me valorizar”. Um da de novo. Ele mentiu que estava em casa e foi na casa de um amigo tomar cerveja na beira da piscina. Uma amiga minha que estava lá já me mandou um SMS contando que meu ex estava lá.
Aí eu fiquei pensando `ex´. Que ex? Daí ela falou o fulano. Na hora virei no capeta, mandei mensagem pra ele, fui no facebook mudei o relacionamento e não quis mais papo com o ele. No outro dia recebi uma cesta da cacau show de presente, telemensagem amorosa e tudo que é presente. Eu estava tão magoada que não quis saber de nada. Ao meio-dia ele estava lá na frente de meu emprego esperando para conversar comigo, mas eu não quis conversa.Fiz de conta que não o vi ele e fui para casa a pé. Ele ficou gritando atrás de mim para que eu o esperasse, parou o carro e veio até mim. Brigamos ali no meio da rua. Até que ele me levou para casa. Fomos conversando e no fim da conversa eu disse que se ele me ama era pra provar até o fim do dia. Sabe o que ele fez? Não falou mais comigo. Eu estava com o seu cartão de crédito e adivinha o que eu fiz? Comprei um monte de coisa. Torrei sem dó e depois fui devolver.
Mas não adiantou nada a gente continuou se falando. Ele raqueava meu facebook pra ler minhas conversas e se visse conversa de mim com algum homem, me xingava. Foram tantas coisas até que uma de suas amigas lhe apresentou uma guria. Ele mesmo com ela não parava de mandar mensagem pedindo pra voltar. Me ligava e eu não resisti, voltei com ele. Estou até hoje. Sabe Lidi, aquela emoção de primeiro namorado e tudo mais. Pois bem, ele foi o primeiro e único homem que já tive. Às vezes brigamos, mas sabe o que é pior, eu não consigo me ver sem ele. Nesse tempo em que ficamos separados eu fiquei com outro rapaz, mas não passaram de beijos. Eu sempre pensava nele. Todo mundo falava: “Larga mão de ser burra, agarra esse rapaz. Ele é rico, pode te dar tudo e muito mais”. Mas logo pulei fora. Não passaram de dois encontros. O cara insistia mas eu não queria nada. Ele sempre me trata muito bem. É um ótimo homem, não desgruda de mim. O que eu faço, sigo meu coração ou a razão? Beijos.” Teodora – São Cristóvão.
Oi Théo! Primeiramente obrigada por escrever. Adolescência. Eitá fase boa! Boa, por estar sempre vivendo experiências novas. Massss, é uma fase bemmmm complicada. Eu, particularmente, acho que não é fácil ser mãe de adolescente. Não conseguiria suportar o sofrimento de uma filha que estive sofrendo por amor. Se eu pudesse, transferia todo o sofrimento para mim.
Théo, quando somos jovens não estamos preparados para a perda. Na verdade, NUNCA estamos preparados para a perda, seja que PERDA for. Mas a perder um amor é muiiiiiiiiiito dolorido. A dor parece que não tem fim.
E quando somos jovenzinhos e nunca tivemos uma experiência como essa, acho que a DOR parece ser AINDA maior. E se prepara amiga Teodora, porque ao longo da sua vida enfrentará esse dilema por inúmeras vezes, e em todas elas, terá a sensação de que irá morrer de amor. MAS, este aí o consolo, com exceção de Romeu e Julieta, ninguém morre por amor, por mais doida que pareça a perda.
Mas, minha menina, eu sou o AMOR em pele e osso. Por isso, sem dúvida nenhuma, o meu conselho é para que siga o seu coração e opte pelo AMOR. Amiga, estar com alguém por AMOR já é difícil conviver, imagina passar a vida ao lado de uma pessoa que você não AMA com todo o FERVOR do amor.
Sabe Théo, desde a minha adolescência sigo esse pensamento: “É melhor sofrer por amor, mesmo que a perda seja dolorosa.” Eu quando me proponho a AMAR, procuro amar com toda a INTENSIDADE do mundo. Eu mergulho de cabeça. Faço tudo pelo AMOR que estou vivendo. E olha, faço tudo sem esperar nada em troca. Mesmo que ali na frente eu posso QUEBRAR A CARA.
O amor é isso, é intensidade, é doação, é calor, é paixão, é vontade de estar junto, de agradar. E se NÃO EXISTE AMOR, é tudo muito FRIO. O cara pode ter um mar de dinheiro, mas nem todo o dinheiro do mundo compra a FELICIDADE. Quando não amamos VERDADEIRAMENTE não importa se o cara aparece para te ver, se ele te faz tudo para agradar, se te enche de presentes, se diz que te ama. Nada tem importância. Conhece aquela expressão: TANTO FAZ. Isso mesmo! Quando não amamos TANTO FAZ. Masssss se amamos menina, FAZ TODA A DIFERENÇA. (srsrsr)
Por isso amiga, me diga aí: existe algo melhor do que aquele burburinho na boca do estômago, aquela tremedeira nas pernas, aquela sensação de que o coração vai saltar pela boca toda vez que vê ou está nos braços do seu amor? APOSTO QUE NÃO. Então menina, dedica seu tempo, seu amor com quem realmente vale a pena. Seja feliz! A vida é muito curta para vivermos com alguém só por aparência. O dinheiro ajuda muito, massss não é tudo, principalmente se não estamos com alguém que amamos e desejamos de verdade. Pense nisso!
Com carinho,
Lidiane Cattani Rabello - jornalista