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Termômetro do Varejo

Empreendedor brasileiro não quer sair do Simples, aponta pesquisa


Um país cresce quando suas empresas crescem. Elas são as responsáveis pela criação de novos empregos e geração de venda, estimulando e fortalecendo a economia. Por isso, é preocupante saber que apenas 7% das pequenas empresas, hoje beneficiárias do regime tributário do Simples, desejam sair dele. Na prática, é como dizer que apenas 7% das micro e pequenas empresas brasileiras desejam crescer. Mas se é tão natural do homem querer evoluir, por que o brasileiro tem a “síndrome de Peter Pan”?

O primeiro passo para entender isso é conhecer o regime do Simples. Tendo como um dos principais objetivos a redução da informalidade, a Lei Geral do Simples consolida uma série de tributos e permite que micro e pequenas empresas façam um único pagamento de imposto.
Para as menores, a alíquota de imposto é mais barata e cresce de forma gradual até que a empresa atinja o faturamento limite de 3,6 milhões de reais por ano. E é aí que o problema aparece: as empresas que ultrapassam o limite de faturamento perdem o benefício da alíquota única e passam a calcular e pagar mais de oito tributos separadamente.

Sabendo que pagar os impostos deixa de ser uma tarefa simples, quem julga os empreendedores por preferirem não crescer e não ter mais “dor de cabeça”? Essa é a “síndrome do Peter Pan”. Assim como um adolescente que resiste à ideia de amadurecer, é natural que o empreendedor brasileiro prefira não se arriscar. Aquele que em seu dia a dia já precisa correr atrás de clientes, treinar a equipe e pagar as contas, não precisa de mais uma complicação.

O governo, como grande beneficiário do crescimento das empresas, tem o papel de buscar formas de incentivar o desenvolvimento dos negócios, medindo qual é a dose de exigências que essas empresas conseguem cumprir passando pelo estirão.

Fonte: Newsletter – FCDL – SC
Artigo de Pamella Gonçalves


Leila Longo Romão

Graduada em Administração, com pós-graduação em Marketing e Vendas. Empresária do ramo de confecções, na área industrial e lojista. Foi presidente da CDL Caçador durante cinco o anos e Diretora Distrital da FCDL/SC. A coluna Termômetro do Varejo traz análises de pesquisas do setor, além de orientação para os empresários lojistas, comerciantes e comerciários em geral.

leilaromao@conection.com.br