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Amor & Sexo

Salve, salve galera!


Estou de volta com a coluna Amor&Sexo para falar abertamente sobre esse assunto que tanto aguça a imaginação de homens e mulheres, mas que também perturba muito os eternos apaixonados por suas frustrações amorosas.

Gente, como é difícil lidar com os assuntos do coração! Todo mundo diz conhecer a fórmula do amor, mas daí eu lhe pergunto: Por que então tanta gente sofre por amor e não consegue resolver sozinhos os seus problemas amorosos? Falamos, damos `pitacos´ nos relacionamentos alheios, mas quando o problema está dentro de casa, embaixo dos nossos olhos, não conseguimos resolvê-lo. Esse é um dilema que aflige quase que 100% das pessoas, até mesmo profissionais especialistas no assunto já sofreram, estão sofrendo ou um dia sofreram por amor.

Amigo (a), esse tema não tem fim, os problemas podem ser os mesmos, mas cada um trata a sua maneira. Posso falar hoje sobre um assunto e na semana seguinte estar batendo na mesma tecla novamente e o que vai mudar apenas serão os personagens, o endereço e a forma como os protagonistas vão ligar com o problema.

Mas, que nada gente, chega de lero lero, que venham os problemas de coração. Quem nunca sofreu por amor atire a primeira pedra? Meninas (os), a melhor coisa do mundo é amar. Independente se é ou não correspondida. Mas, vocês vão concordar comigo que melhor que amor é ter um amor correspondido. E se não somos correspondidas, sofremos por um curto ou longo prazo, mas, sobrevivemos. Não é mesmo? Gente, eu nunca vi ninguém morrer por amor, não vai ser você a primeira vítima.

Mas meninas, agora vamos à história de hoje, quem me escreveu desabafando foi à leitora cujo codinome é Sandra. Ela, de cara, me questiona: E aí, será que sou lésbica? Antes de dar o meu `pitaco´ vamos ver o que ela nos conta.

“Oi Lidiane, em primeiro lugar gostaria de parabenizá-la pelo seu trabalho. Sou muito sua fã, leio sempre as suas matérias. Senti muita falta quando deu uma pausa na coluna sobre relacionamentos. Agora vamos direto ao meu dilema de amor. Lidiane, tenho 32 anos, sou casada há, mais ou menos, 10 anos. Casei no civil e na igreja evangélica. Tenho um filho de 3 anos que é o meu xodó. Por ele eu faço tudo! Pois bem Lidi, quando casei eu era apaixonada pelo meu marido, mas, o bem da verdade é que eu sempre tive uma `quedinha´ por mulheres mais velhas. Meu marido tem 39 anos, mas, o que está realmente acontecendo é que não tenho mais prazer com ele. O dia passa e a noite chega e meu marido, que é muito fogoso, quer sexo quase todo dia.

E eu? Sempre tenho que lhe servir. Nessa hora sempre acabo pensando em alguma mulher para me excitar e molhar para não me causar lesão. Nunca comentei com ninguém sobre meus desejos, pois tenho uma família muito antiga e conservadora. Então, desde que eu me casei, fico erotizando, pensando em mulheres. Atualmente estou terminando minha faculdade e tive que sair do meu trabalho porque estava apaixonada pela minha chefe. Tive medo de a qualquer momento atacá-la com beijos, mesmo sabendo que talvez ela possa ser hetero.

Ela ainda é solteira e nunca soube nada a respeito de seus relacionamentos. Fico imaginando eu e ela juntas numa cena selvagem de amor. Viajo nos vídeos pornográficos de homossexualismo e logo fico excitadérrima! Tenho vontade de falar com ela, contar o que se passa dentro da minha cabecinha e tudo mais. Mas, ao mesmo tempo, tenho medo de sua reação, pois acredito que ela nem deva imaginar uma coisa dessa, ainda mais que sabe que sou casada.  Ah, se ela soubesse que é só de aparência! Mas afinal Lidi, o que será que se passa comigo? Será que realmente sou lésbica ou será que é apenas uma fase da minha vida que me chama para esse lado? Preciso muito de sua opinião. Beijos.” Sandra – bairro Sorgatto

Ui Sandra, sua história mexeu com meu imaginário! (srsrs) Você é bem safadinha, amiga. Não é uma crítica, acho ótimo! Toda mulher, entre quatro paredes, deve realizar sim, todos os seus desejos mais pecaminosos. Sexo faz bem pra pele, pro cabelo, pra tudo, mas principalmente para o humor. A gente fica alegre, faceira e com a boca nas orelhas. (srsrs) Não é mesmo?

Mas Sandra, brincadeiras à parte, vamos ao seu dilema. Amiga, quer realmente o meu conselho? Pois bem, olhando sua história de fora, no meu ponto de vista, a primeira atitude a ser tomada é a separação. Você não é feliz e acredito que seu marido também não é feliz nesse casamento. Eu penso que as pessoas deveriam parar de viver de aparência só por questões financeiras ou por serem presas aos princípios da tal sociedade.

Amiga, a vida é tão curta, não sabemos o que ela nos reserva, por isso vamos viver o hoje, vamos nos libertar das amarras impostas por essa sociedade medíocre que vive presa aos preceitos do passado, onde mulher tinha que casar virgem. Deus o livre se separar! Mulher separada é mulher errada. Mulher adúltera? Meu Deus, deveria ser crucificada! Mulher namoradeira, então, essa até hoje é rotulada de mulher fácil. Ixi. Se eu tivesse espaço e tempo listaria várias páginas dos tais pecados do sexo feminino.

Por isso Sandra, abra o jogo com seu marido. Caso não tenha coragem de assumir sua sexualidade, então, simplesmente, pesa a separação. Assim, você estará dando a oportunidade dele encontrar um novo e recíproco amor. E você? Você vai se libertar e, se tiver coragem de enfrentar os preconceitos que vêem de todos os lados, vai assumir o seu gosto por pessoas do mesmo sexo.

E amiga, eu não sou contra nem a favor do homossexualismo, simplesmente respeito. Só não concordo com a banalização que se tornou o tema. A mídia nos jogo goela abaixo que é bonita, que é normal se relacionar com pessoas do mesmo sexo. E muitas pessoas hoje em dia vêm se envolvendo somente por se envolver, só para parecer moderno, só para fazer parte de um grupo de amigos, infelizmente.

Conhece `n´ pessoas que são homossexuais de fato. Não que a pessoa que gosta de pessoa do mesmo sexo tenha um biótipo. Não! O que quero dizer é que são pessoas normais, com a diferença que não são hetero. São pessoas que agem com naturalidade e não forçam para criar e vender uma imagem. Simplesmente são o que são e devem ser respeitadas como tal.

Portanto Sandra, se ainda tem alguma dúvida com relação a sua sexualidade deveria buscar ajuda profissional. Mas, se sabe o que realmente quer e gosta, então, vá buscar sua felicidade, seja com essa sua ex-chefe ou com qualquer outra pessoa por quem se apaixonar.

Amiga, a única coisa que importa e a sua felicidade e você é a única pessoa responsável por ela. Pense nisso!

Com carinho,
Lidiane Cattani Rabello - jornalista


Lidiane Cattani

Depois de conversas e conselhos sobre relacionamentos amorosos à amigas, Lidiane passou a publicar essas histórias e opiniões. Os artigos deram tão certo que já são três anos desse trabalho. A participação do leitor e as pautas sobre o assunto são muitas, o que garante boas histórias. A popularidade da coluna se justifica pelo fato dos leitores se identificarem com as situações e pela forma descontraída como a autora conduz as respostas. A maioria dos artigos são apimentados, o que aguça a curiosidade do leitor.

cattanirabello@hotmail.com