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Termômetro do Varejo

Como não deixar que a inflação atrapalhe o seu negócio


O assunto inflação tem ganhado grande notoriedade na imprensa, em círculos empresariais e na sociedade por conta da retomada de crescimento inflacionário no país. Apesar de ser uma figura invisível nas demonstrações financeiras, não podemos deixar de considerar os seus efeitos no desempenho empresarial. O crescimento excessivo é um fenômeno econômico que, ao longo do tempo, influencia as operações existentes, principalmente as que são de longo prazo.

As pequenas empresas precisam estar atentas na fase de aumento de inflação, pois esse é um jogo de equilíbrio de forças positivas e negativas do negócio. Para competir, o gestor tem dois caminhos: o de fazer maior volume e ter margens menores equivalentes aos que seus concorrentes oferecem; ou então proporcionar um produto ou serviço que conceda algum benefício único para criar uma chance dessa organização crescer por meio do diferencial oferecido aos consumidores.

Durante a alta, os produtos ou serviços tendem a ficar mais caros por conta do repasse de aumento, caso contrário, as empresas não manteriam suas margens e, consequentemente, haveria a redução do resultado operacional. Como a inflação afeta todos os setores, o poder de compra em geral é diminuído e reflete diretamente no consumo, em especial, em bens e serviços menos essenciais. Uma das soluções para o pequeno empreendedor é aumentar a base de fornecedores, para melhorar suas possibilidades de negociação dos preços de compra e, por consequência, evitar o aumento no valor do seu produto junto ao consumidor, além da tradicional redução de custos.

Se a empresa estiver muito bem de caixa, ela poderá manter um volume maior para seus principais itens de linha e negociar junto aos fornecedores. Caso contrário, se estiver apenas em equilíbrio financeiro, ela deverá ter seu estoque reduzido e com produtos que tenham um rápido giro, pois os altos níveis de estoque não são benéficos. Na prática, se não girar rapidamente, a empresa estará estocando despesas (com custos de fabricação, manutenção, armazenamento e distribuição dos mesmos) e na hora da recomposição dos seus níveis de estoque, pagará mais caro por eles, inclusive pelo efeito inflacionário.

Fonte: Portal Exame


Leila Longo Romão

Graduada em Administração, com pós-graduação em Marketing e Vendas. Empresária do ramo de confecções, na área industrial e lojista. Foi presidente da CDL Caçador durante cinco o anos e Diretora Distrital da FCDL/SC. A coluna Termômetro do Varejo traz análises de pesquisas do setor, além de orientação para os empresários lojistas, comerciantes e comerciários em geral.

leilaromao@conection.com.br