No ano passado, quinze integrantes levaram suas apresentações para festivais em Chapecó e Itajaí (SC). Nos dois festivais, os representantes de Caçador obtiveram ótimas colocações. “Nós começamos os ensaios em março e em setembro participamos do festival em Chapecó, que foi o primeiro festival de renome que a Cia participou. Nesse, a aluna Letícia ganhou como bailarina revelação. Depois disso, respiramos um pouco, ensaiamos mais e fomos para o de Itajaí. Lá, conquistamos primeiro lugar em duas coreografias de dança contemporânea. Também ganhamos o segundo lugar com o jazz juvenil, perdemos por 4 décimos para a Cia Independente de Florianópolis, o que consideramos uma vitória, foi um sentimento muito bom”, afirma a professora Kathellen Klein.
Kathellen é de Joinville e está em Caçador há cinco anos. Durante o festival, ela ganhou como melhor coreógrafa. A bailarina foi muito elogiada pelos jurados por aliar teatro e dança em suas coreografias. “Tivemos comentários muito bons dos jurados, eles falaram que o que estávamos levando para o palco era uma coisa fantástica, pois levamos o teatro e a dança, e eles estavam meio cansados por não ver muitos artistas atuarem e dançarem ao mesmo tempo, disseram que estávamos cumprindo a nossa missão como artistas, unindo as artes e agregando muito mais”.
Para a bailarina, que adotou Caçador como sua cidade, poder trazer um pouco do seu conhecimento para o município é gratificante. “Caçador me abriu muitas portas. Eu devo muito ao município, porque aqui eu plantei as sementes e agora estou colhendo os frutos”.
Com as ótimas notas também veio a possibilidade de participarem de um Festival de Dança em Los Angeles, nos Estados Unidos. “Quem participasse do festival em Itajaí, dependendo da nota, ganharia uma vaga para o festival nos Estados Unidos, como as nossas três coreografias ganharam notas boas, as três foram selecionadas para o festival. Porém, nós é que temos de bancar visto, passagem, hospedagem, inclusive, a inscrição pro festival é por nossa conta”, explica a professora.
Os alunos já realizaram um levantamento de custos e irão precisar em média de 6 mil reais por pessoa. Kathellen está aguardando a confirmação da data e local do evento para finalizar o projeto e conseguir auxílio das empresas.
Para a professora, a dança envolve muito mais que simplesmente dançar. “Eu acho que você não dança por dançar, você sente algo quando dança e quer transmitir alguma coisa com ela. Eu quero trabalhar a arte por completo. Quero trabalhar com a dança, o teatro e, se possível, também a música, porque eu acho que eles precisam um do outro”.
Para os alunos, o encantamento da dança, assim como as outras artes, é que ela não exclui ninguém, não tem cor, raça ou gênero. “É muito incrível você conseguir transmitir algo ao público. Durante o festival de Itajaí eu não dancei e fiquei assistindo a coreografia “Atrapalhos”, que é muito engraçada, junto com a plateia. Uma senhora do meu lado chorava de tanto rir, é fantástico você ver o que a dança consegue transmitir, nessa hora eu percebi o quão sensacional é o resultado que conseguimos na vida das pessoas”, afirma a bailarina, Mirella Ueda.
Coreografias selecionadas:
Sonata Inversa – Contemporâneo, solo feminino Júnior – 1° lugar, Letícia Jeremias Ferreira
Atrapalhos – Estilo livre, conjunto adulto – 2° lugar.
Entre títeres e cordéis – Contemporâneo, conjunto adulto – 1° lugar.
Conheça duas das coreografias selecionadas nos links abaixo: