Dois homens acusados de matar Jaime Vieira, em 2016, por motivo fútil, foram condenados em júri popular nessa sexta-feira, 10, no Tribunal de Caçador. Jones Dias foi condenado a 18 anos e 8 meses de reclusão, enquanto que Edivam Carlos Ribeiro de Castilho teve a pena fixada em 12 anos.
O crime aconteceu no dia 27 de março de 2016, um domingo de Páscoa. Jaime estava em sua casa quando foi morto com um tiro na cabeça. A motivação do crime foi uma discussão banal por causa de um carro ocorrida na noite anterior.
O caso foi elucidado poucos dias depois do crime pela Divisão de Investigação Criminal (DIC), da Polícia Civil. Desde a prisão, que ocorreu no dia 5 de abril de 2016, a dupla permaneceu presa aguardando o julgamento.
Ambos os réus foram condenados por homicídio qualificado pelo motivo fútil e por não possibilitar ou dificultar a defesa da vítima.
Jones (esquerda), de 36 anos, e Edivam, de 21 anos
Jones também foi condenado por ameaçar a vítima um dia antes do crime, por coação no curso processo e por porte ilegal de arma de fogo. A dupla cumprirá a pena em regime inicialmente fechado.
O júri foi presidido pelo juiz Gilberto Kilian dos Anjos. A acusação foi feita pelo promotor João Paulo de Andrade, do Ministério Público, e a defesa foi do advogado Marco Túrio Granemann de Souza.
Relembre o crime
Era um domingo de Páscoa, dia 27 de março de 2016, por volta das 6h30, quando um homem foi assassinado na rua Beija Flor, Vila Santa Terezinha, no bairro Martello.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Jones e Edivam foram até a casa da vítima Jaime Vieira para matá-la. O motivo foi uma discussão ocorrida na noite passada por causa de um carro.
Jones apontou a arma e tentou disparar por três vezes, mas o revólver falhou, afirma a denúncia. Logo em seguida, Edivam pegou a arma e com a mesma intenção de matar conseguiu efetuar um disparo.
O projétil atingiu a cabeça da vítima, causando-lhe a morte. Jaime, na época com 37 anos, foi encontrado sem vida pelos Bombeiros Voluntários.
Poucas horas depois, por volta das 9h20, amigos da vítima colocaram fogo na casa de Jones, suposto autor do homicídio, que morava na mesma rua. A residência foi totalmente destruída pelo fogo.
Jones e Edivam foram presos pela Polícia Civil no dia 5 de abril de 2016 e desde então permanecem no Presídio.
Coação
Segundo a polícia, no dia 1º de abril de 2016, por volta das 15h, Jones usou de grave ameaça contra a vítima Simone Morais de Mello, coagindo a testemunha a confirmar o álibi de que estava com o denunciado na noite do assassinato de Jaime Vieira.
Na oportunidade, ele afirmou perante à autoridade policial que havia participado de uma festa no Rancho Fênix e que no local havia encontrado a sua ex-namorada e pernoitado em sua casa, estando, portanto, em sua companhia no momento do homicídio.
O denunciado ameaçou a ofendida Simone com a finalidade de que esta confirmasse seu álibi, dizendo-lhe que ela deveria pensar no que ia dizer em seu depoimento à polícia, pois um dia ele sairia da cadeia.