Preso desde a época do crime, José Carlos seria julgado ainda em 2017. Mas a defesa do réu pediu transferência do local do júri. Um recurso foi apresentado ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), sob a alegação que o julgamento em Caçador não seria imparcial por conta da comoção popular.
Porém, a Vara Criminal do Fórum de Caçador confirmou o júri para dia 17 de abril, uma terça-feira, com início às 9h. A sessão deve contar com a presença de familiares e amigos da professora que prometem cobrar a condenação do acusado.
O advogado de defesa é James José da Silva, de Joinville.
O caso
José Carlos confessou ter matado a professora Vanderleia em maio de 2016, na época sua ex-namorada. O acusado não aceitava o fim do relacionamento.
José Carlos matou a professora com golpes de faca e tiros, abandonando o corpo em uma estrada secundária entre Caçador e Calmon.
A polícia descobriu que após o crime, José Carlos viajou de carro até Brasília, onde tinha residência. Na divisa entre São Paulo e Minas Gerais ele teria jogado a arma do crime dentro de um rio.
Da capital federal, José Carlos percorreu cerca de 8 mil quilômetros de avião entre as regiões norte, nordeste e sul para despistar a polícia, mas acabou preso dias depois na sua casa em Brasília.
Morte violenta
Segundo a Polícia Civil e o IGP, a morte da professora foi violenta. O corpo, que já estava em certo estado de decomposição, tinha vários cortes superficiais quando foi localizado, além de quatro tiros na cabeça.
O desaparecimento
Vanderleia foi vista pela última vez no dia 16 de maio às 17h30, após dar aula na escola municipal Morada do Sol, onde trabalhava há mais de 10 anos.
Como não retornou para casa e não apareceu na escola no dia seguinte, a família e os colegas de trabalho acionaram a polícia. Vanderleia morava com o filho de 22 anos, a nora e um neto pequeno.
No dia seguinte, terça-feira 17 de maio, a polícia localizou o carro de Vanderleia no estacionamento de um supermercado no centro de Caçador.
A partir daí várias pessoas foram ouvidas pela polícia. A investigação seguiu em sigilo até dia 25 de maio, quando José Carlos foi preso.