A Polícia Civil prendeu nessa quinta-feira (14) um homem de 32 anos suspeito de ter matado Nadir Terezinha Lemos Bilous, de 56 anos, que estava desaparecida desde domingo (10), em Caçador. O homem, J.R.C., é suspeito de homicídio e ocultação de cadáver. O corpo da vítima não foi encontrado.
Segundo a polícia, o suspeito declarou à polícia que havia saído com a vítima de um bar na rua Elias Biasi e a deixou nas proximidades de outro estabelecimento, a cerca de 300 metros, no bairro Berger.
Na noite de quarta-feira, vigilantes de uma empresa localizaram as roupas e parte da prótese dentária da vítima na rodovia Primo Tedesco. Familiares reconheceram os objetos como de propriedade de Nadir. A polícia teve acesso a um vídeo gravado no bar, no qual a vítima usava essas roupas.
Novas buscas foram realizadas por policiais civis e peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP), os quais localizaram a outra parte da prótese dentária e um anel de Nadir, que foram reconhecidos pelos familiares.
O desaparecimento passou a ser considerado homicídio e J.R.C. um dos principais suspeitos. O caso foi repassado à Divisão de Investigação Criminal (DIC) que está dando continuidade às diligências.
Segundo o delegado Fernando Guzzi, coordenador da DIC, o suspeito foi interrogado e todas as informações por ele apresentadas foram checadas. Outras pessoas e testemunhas foram ouvidas pela polícia, e a versão do suspeito não foi confirmada por elas.
“Não se descarta algum ato de violência sexual perpetrada pelo investigado, tendo em vista que a vítima estava bastante embriagada, sua roupa foi retirada totalmente e o local é conhecido como ponto de encontro”, informou o delegado Fernando.
J.R.C. recebeu voz de prisão em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver, tendo em vista os indícios de que o corpo de Nadir foi retirado do local da morte. Também foi representada pela prisão temporária em relação ao homicídio.
Corpo continua desaparecido
Até o momento o corpo de Nadir não foi localizado. Foram realizadas buscas nesta quinta e sexta-feira pela Polícia Civil e Bombeiros Voluntários, tanto pelo canil quanto buscas no rio próximo ao local, porém mais nenhum indício foi encontrado. O suspeito deverá seguir preso durante as investigações, aguardando-se a decisão do juiz da Vara Criminal de Caçador.
Indícios do crime
Na delegacia, foram realizados exames de corpo de delito em J.R.C. Segundo médico perito, ele apresentava uma lesão no antebraço compatível com arranhão, de três a quatro dias, data coincidente com o desaparecimento de Nadir.
No porta-malas do veículo do suspeito foram localizados diversos fios de cabelo de mesma coloração da vítima; foi realizado exame microscópico preliminar do IGP, porém a certeza virá com a realização de exame de DNA.
Ainda no veículo do suspeito foram localizadas gotas de sangue na porta do carona, bem como nas calças e nas botinas do suspeito. Um exame de DNA foi requisitado ao IGP para se apurar se o sangue é de fato da vítima.
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