É um período rico em possibilidades na vida de Junior Cigano. O ex-campeão peso-pesado do UFC vem de derrota para Francis Ngannou em sua última luta, mas vê várias lutas interessantes para seu retorno ao octógono. A mais provável é contra Alexander Volkov, sexto colocado do ranking da categoria. O confronto é especulado para o evento principal do UFC Moscou, marcado para 9 de novembro na Rússia.
Da parte de Cigano, o duelo está aceito, mas ainda não foi confirmado pelo Ultimate. O lutador catarinense não sabe precisar se o problema está do outro lado, que não teria aceito ainda, ou se o impedimento seria seu contrato com a organização, que está próximo do final.
“Por mim, eu aceito. Quero lutar. A minha intenção é voltar o mais rápido possível. Meu objetivo principal agora é ter uma revanche com o (Francis) Ngannou o mais rápido que puder, e depois uma terceira luta com o (Stipe) Miocic (atual campeão)”, disse Junior Cigano.
Da forma que Cigano diz, o adversário poderia ser qualquer um, pois o que importa mesmo é retornar logo ao octógono. Porém, um oponente que o catarinense não vê em seu futuro é o compatriota Fabricio Werdum. Suspenso até maio de 2020, o gaúcho já não seria seu próximo antagonista, mas Cigano vai além. Segundo ele, a revanche entre os dois ex-campeões (se enfrentaram em 2008, com vitória do catarinense) já foi oferecida outras vezes, mas jamais se concretizou.
“Isso nunca vai acontecer! Nunca vai acontecer. Já esteve para acontecer três vezes! E eu salvando o evento. Quando ele foi lutar com o (Cain) Velásquez (em 2014), eles me ligaram sete dias antes da luta. ‘Com quem que é?’ ‘Com o Werdum.’ ‘Vamos!’ E ele negou”, acrescenta.
Uma luta que Cigano vê com bons olhos seria um confronto com Daniel Cormier, outro ex-campeão da categoria, recém derrotado por Stipe Miocic na disputa do cinturão. O brasileiro não vê sentido numa trilogia entre DC e Miocic e lembra que tem uma histórico de rivalidade com o americano, companheiro de equipe de outro de seus maiores rivais no MMA, Cain Velásquez.
“Eu acho o Cormier um cara duríssimo, luta ruim para qualquer um, mas para mim seria uma grande luta para fazer. Adoraria fazer essa luta. Quando eu lutei com o Velásquez, ele falou um bocado de besteira naquela época. Ou seja, acho que faria até sentido uma luta dessas. Vamos ver aí. Se eles realmente fecharem essa luta com o Volkov, não sei, vamos ver o que vai acontecer no futuro, mas é uma luta que eu acho que agradaria bastante o público”, comenta.
Dança dos Famosos
Sobre a Dança dos Famosos, quadro do Domingão do Faustão do qual participa, Junior Cigano comenta: “Está legal! Na verdade é o início, né. Cara, dançar é uma coisa que nunca me passou pela cabeça, nunca fui dançarino, mas eu aprendo rápido as coisas, estou me dedicando bastante. A minha professora, Ana Paula, ela é incrível, ela me dá uma atenção especial. O pessoal todo da Globo, eles são muito queridos, atenciosos, eles querem fazer dar certo, eu quero que dê certo. Eu falei, ou vai ser um show, ou vai ser um desastre! (Risos) Não tem jeito, não tem meio termo. Eu espero que seja um grande show”, disse.
Melhor lutar ou dançar?
“Eu prefiro aqui (na luta)! (Risos) Aqui é onde me sinto bem, independente do soco na cara, para mim é costume. É como eu falo: para uma pessoa leiga, que nunca treinou uma arte de combate, um soco é um soco na cara. Para a gente, é só mais um! É um soco na cara, mais um! Entendeu? Então, para mim, é mais fácil aqui. Para aprender as coisas, eu tenho aprendido bem, eu aprendo rápido. Mas colocar tudo junto, meu amigo, é outra coisa (risos). É difícil”, acrescenta Cigano.