Com o intuito de aprofundar a temática dos valores humanos e desenvolver métodos de melhor assimilação dos conteúdos, alunos do 5º ano da Escola Estadual Paulo Schieffler, em Caçador, iniciaram trabalhos baseados no desenho e argila.
De acordo as professoras Cloci Pierdoná e Cleusa Furtado de Souza, estes métodos estão ajudando as crianças a se expressarem de uma forma lúdica. “Quando desenhamos, pintamos ou manuseamos a argila nos descontraímos e mergulhamos no emocional, sendo assim somos desprovidos do senso moral, de ficar questionando o certo e o errado, o bonito e o feio”, comentam.
Cleusa explica que essas técnicas permitem a criança ou ao adulto concretizar de forma simbólica o que está sentindo. “Atualmente é muito utilizado na psicoterapia em grupos ou em sessões individuais e os resultados tem sido fantásticos. Pois as pessoas conseguem visualizar no contexto prático suas dificuldades e buscar as melhorias, sendo a meta da maioria das pessoas”.
O método de argila foi desenvolvido em 1985 pela psicóloga paranaense Maria da Glória Cracco Bozza, indicando que esta atividade tem por objetivo “desenvolver maneiras de auxiliar àqueles que buscam a resolução de problemas e conflitos nos diferentes campos de Intervenção da Psicologia, com crianças, adolescentes, adultos, casais, famílias e ou grupos. Facilita o diagnóstico e a intervenção terapêutica das mais variadas problemáticas, uma vez que os conflitos e angústias serão expressos concreta e simbolicamente nas esculturas em argila ou na escolha de imagem pré-confeccionadas”.
Na visão da professora Cloci, ao realizar este trabalho os alunos do 5º ano tiveram oportunidade de buscar o autoconhecimento. “Acredito que quanto mais o ser humano é consciente das suas qualidades e das dificuldades, mais ele tem condições de avançar no seu processo. Todos somos capazes de aprender e compreender nas relações sociais e apropriar-se do conhecimento disponibilizando uma aprendizagem significativa e de sucesso, de uma forma lúdica, o aluno constrói o conhecimento como alguém capaz e com interesse”, avalia.