O presidente do Rotary Clube Caçador, Agostinho Magro, fez uso da palavra livre na sessão desta terça-feira (8) para explanar um pouco das ações do clube em Caçador e no mundo.
Na presença de vários membros da entidade, o presidente lembrou que o Rotary é organizado em uma grande e eficiente rede de serviços e de relacionamentos, que congrega mais de um milhão e duzentos mil voluntários, distribuídos nos mais de 34 mil clubes espalhados em 216 países, conduzindo projetos para tratar de desafios mundiais como, analfabetismo, doenças, desnutrição, pobreza, falta de água potável e problemas do meio ambiente. Deste total, 2.358 clubes estão no Brasil, totalizando mais de 55 mil rotarianos.
Já em Caçador, o Rotary Club Caçador iniciou suas atividades em 27 de Setembro 1948 e atualmente conta com 37 rotarianos ativos. Atuando no campo assistencial e principalmente atuando nas causas sociais, desenvolve ações que revertem seus resultados em prol da população e também elevando o nome do nosso município.
“Dentre as nossas ações destacamos a sala de alfabetização de adultos que mantivemos até poucos anos. Iniciamos em Caçador o Projeto PROERD e, atualmente, o Rotary Caçador, atua no campo Social, mantendo um banco de cadeiras de rodas, para empréstimo em comodato, para pessoas que necessitam por um período determinado como também para pessoas que necessitam utilizar uma cadeira de rodas permanentemente em sua vida”, afirma.
Para a aquisição dos materiais doados, o Rotary realiza promoções, como também recebe contribuições individuais dos próprios rotarianos, de empresas e de outras Associações.
Agostinho lembra que neste ano o clube foi contemplado para participar do Projeto Piloto do Rotary Internacional, destacando que tiveram mais 1.300 solicitações, e o clube caçadorense foi selecionado para participar.
O Rotary Caçador também se candidatou para participar do Projeto Clube Satélite, que consiste na realização dos encontros semanais junto a sociedade, nas comunidades, associações, empresas, escolas, para divulgarmos o Rotary, seus projetos e ações. “Hoje estamos iniciando pela Câmara de Vereadores nosso trabalho, que nos próximos três anos, o Rotary Internacional irá avaliar a eficácia ou não destes procedimentos, caso seja aprovada esta nova sistemática será implantada nos mais de 34 mil clubes espalhados pelo mundo”, ressalta.
Erradicação da poliomielite
Em 1988, o Rotary lançou a Iniciativa Global de Erradicação da Pólio juntamente com a Organização Mundial da Saúde, o Unicef e o Centro Norte-Americano de Controle e Prevenção de Doenças. Através da Fundação Rotária, a Principal ação do Rotary a nível mundo, é a erradicação da poliomielite. Em 1988 foram registrados no mundo 350 mil casos de poliomielite, em apenas 11 anos mais tarde, em 1999, o número de casos caiu para 7 mil. Hoje este número não ultrapassa 1.500 casos por ano.
“Para terem uma ideia da seriedade que o Rotary demonstra em sua administração, foi recebido da Fundação Bill e Melinda Gates, uma doação de U$ 355 milhões de dolares, para o fundo Polio Plus e lançou o desafio de que nós, rotarianos, de todo o mundo, equiparar outros 200 milhões de dólares em doações com o objetivo de erradicarmos a Poliomielite no mundo nos próximos 5 anos. Até Agosto de 2011, já havíamos arrecado U$ 178 milhões de dólares”, informa o presidente.
Presidente FEIBEMO divulga a cultura italiana
Com o objetivo de registrar dois fatos marcantes da Cultura Italiana em Santa Catarina, o presidente da Federação de Entidades Ítalo Brasileira do Meio-Oeste (FEIBEMO), Aleduino Zanella, utilizou-se da Palavra Livre na sessão desta terça-feira (8) para destacar dois assuntos pertinentes ao tema.
O primeiro deles é o reconhecimento do Talian como língua integrante do patrimônio histórico e cultural do Estado, declarado pela Lei n° 14.951, de 11 de novembro de 2009, diferenciando-a da língua Italiana oficial.
Segundo ele, o Talian está ligado às origens de formação étnica de Santa Catarina e falado por um milhão de pessoas no Brasil, sendo considerada uma língua neolítica com direito de figurar ao lado das clássicas línguas italiana, francesa, espanhola e portuguesa.
Por outro lado, o presidente alerta para uma série de preocupações em relação a esse legado histórico. Segundo ele, a agricultura familiar italiana são os locais que se preserva essa língua cultural e está prestes a desaparecer, citando como exemplo, em Caçador, a Linha Rio Bugre.
“Por informações dos próprios moradores, já neste ano, nenhum jovem irá permanecer e dar continuidade à labuta dos pais. Esta é uma premissa gravíssima”, diz, completando que, “por outro lado, se as autoridades tendem a indiferença, isto é, em não implantar políticas públicas de preservação e divulgação, como a capacitação de professores para inclusão nas respectivas redes de ensino, o desaparecimento de desaparecimento será bem mais breve ao período que os italianos levaram para amalgamar essa última língua neolatina chamada Talian”.