A Câmara Municipal de Caçador sediou na tarde desta
sexta-feira, 20, o lançamento do filme/documentário Vãnh gõ tõ Laklãnã (em
português, resistência), que reconstrói por meio de imagens, poemas, cantigas e
entrevistas, parte da história do povo Laklãnõ/Xokleng, que habitava os três
estados Sul do país.

Perseguido por bugreiros pagos pelo Estado e por
colonizadores, dizimado por doenças e mudanças no seu modo de vida, foi
praticamente extinto, restando apenas 106 pessoas nas primeiras décadas do
século XX. O título, na língua Laklãnõ, não tem tradução literal, significa
algo como Resistência Laklãnõ.
A exibição da obra fez parte da programação da Semana do
Contestado 2023 que está acontecendo em Caçador e contou com a presença dos
alunos da Escola Irmão Leo, os idosos da Casa Lar São José e os usuários do
CRAS Norte/Martello.
A obra é de autoria da jornalista Barbara Pettres, sendo uma
coprodução Calendula Filmes, da produtora caçadorense Carol Marins. Estreou
como convidado no 26º Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM 2022) e foi um
dos nove curtas brasileiros selecionados para o festival “É tudo verdade 2023”,
o mais importante festival dedicado à linguagem do documentário na América
Latina, onde ganhou o Prêmio Canal Brasil de Curtas-metragens. Também fez parte
da seleção oficial do 34º Festival Internacional de Curtas de São Paulo - Curta
Kinoforum, principal festival do gênero no país.
O filme ganhou os prêmios de Melhor Filme da Mostra
Ambiental no 30º Festival de Cinema de Vitória e Melhor Documentário no 6º Festival
de Cinema de Santa Teresa (FECSTA), no Espírito Santo. Ao todo, são 24
festivais e mostras no Brasil, Canadá, Reino Unido, Chile,
França e Alemanha.