Dia 9 de abril, acadêmicos dos cursos de Farmácia e
Biomedicina, na disciplina Administração de Medicamentos realizaram a primeira
prova prática da carreira universitária. Uma semana antes da prova, os
estudantes realizaram experimentos no laboratório de bioquímica da Uniarp com o
objetivo de avaliar o perfil de desintegração de algumas formas farmacêuticas
que podem ser administradas pela via oral.
A professora Dra. Jaqueline Franzen, farmacologista e
responsável pela disciplina, explica que forma farmacêutica é o nome dado ao
estado final de apresentação dos princípios ativos farmacêuticos após
procedimentos que visam facilitar o seu uso e promover um efeito terapêutico no
paciente, como por exemplo, um comprimido, uma cápsula, uma pomada, um colírio,
um xarope, entre outros. “A escolha da forma farmacêutica correta e a
subsequente via de administração é essencial para o sucesso farmacoterapêutico
dos pacientes”, comenta.
Nas semanas que anteciparam os experimentos, os acadêmicos
receberam uma base teórica sobre as diversas vias de administração e sobre as
formas farmacêuticas mais frequentemente utilizadas pelos pacientes.
No dia da aula prática, eles realizaram experimentos que
tiveram como objetivo observar o tempo de desintegração de cápsulas,
comprimidos e pellets em diversos meios de desintegração, como por exemplo,
água mineral, meio em pH ácido e pH básico.
Uma semana depois, durante a prova prática, os estudantes
foram submetidos a um sorteio aleatório para saber qual era a forma
farmacêutica que precisariam executar o experimento. “Esse tipo de abordagem é
necessário para que os acadêmicos possam fixar melhor o conteúdo e materializar
as suas escolhas. Ele não sabe qual forma farmacêutica será sorteada no
momento, logo, isso faz com que ele estude antecipadamente todas as formas,
agregando ainda mais na sua futura profissão. Isso impacta diretamente na qualidade
do atendimento e acompanhamento de pacientes, pois é muito comum que os
pacientes façam uso errôneo dos medicamentos prescritos. Uma das consequências
é a redução do controle da patologia, prejuízo à saúde do paciente e o aumento
dos custos, tanto para o paciente quanto para os sistemas públicos de saúde”
complementa a professora.
A seguir, exemplos de administração errônea de medicamentos
que os estudantes da disciplina aprendem a detectar e evitar:
- Cortar ou esmagar comprimidos que apresentam revestimento
ou tecnologia que permite a liberação prolongada;
- Abrir cápsulas e misturar o conteúdo com água, suco,
alimentos (quando não expressamente permitidos);
- Administrar cápsulas e comprimidos em crianças de 1 ano de
idade no lugar de soluções, suspensões e xaropes;
- Mastigar comprimidos que não foram desenvolvidos para
serem mastigados;
- Engolir comprimidos que são de
administração sublingual.