O deputado federal catarinense Daniel Freitas (PL)
quer regulamentar a função de primeira-dama no Poder Executivo. Segundo ele, o
objetivo é garantir a transparência e a publicidade dos gastos públicos
realizados por ela. A proposta está em análise na Câmara dos Deputados.
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Atualmente, a atividade de primeira-dama é informal e
depende mais do perfil da esposa do governante do que de legislação. Lideranças
do PL, como Daniel Freitas, costumam criticar a atuação de Janja Lula da Silva,
mulher do presidente Lula (PT).
Na justificativa da proposta, ele cita explicitamente a
atuação da atual primeira-dama como motivação da proposta.
“A atual primeira-dama do Brasil, Srª Rosangela Lula da
Silva, além de insistir em adotar postos e atribuir uma representatividade que
não lhe foi conferida, vem utilizando de verbas públicas para promover eventos
sociais com véus políticos, compras de mobiliários e reformas nababescas no
Alvorada e sem um porquê plausível, como a recente construção de uma cascata
artificial na Granja do Torto”.
Limites à atuação de primeira-dama valeriam apenas para
presidentes
A proposta de parlamentar catarinense vale apenas para a
esposa do presidente da República – não incluindo primeiras-damas estaduais ou
municipais. O texto é omisso em relação ao esposo de uma eventual mulher que
ocupe a presidência.
O projeto de Daniel Freitas proibe que a primeira-dama
represente o governo federal em eventos nacionais ou internacionais e que
exerça funções administrativas ou políticas dentro da estrutura do governo
federal.
Pela proposta, a primeira-dama deverá prestar contas
anualmente ao Congresso Nacional, em audiência pública na Comissão de
Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Além disso, os
gastos realizados com cartões corporativos da presidência da República deverão
discriminar nominalmente as despesas da primeira-dama.
O orçamento da primeira-dama seria limitado a 0,01% do
orçamento anual da presidência da República. E deve ser aprovado separadamente
pelo Congresso Nacional.
A proposta tramita em caráter conclusivo, que permite a
aprovação sem passar em plenário, desde que aprovado em todas as comissões.
Precisa ser aprovado também no Senado e passar pela sanção do presidente Lula.
Com informações: NSC