O Ministério
Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou 11 pessoas pela participação em um
assalto a uma agência do Banco do Brasil de Timbó Grande em 2 de junho deste
ano. O episódio teve funcionários rendidos, dinheiro e objetos roubados, um
carro incendiado e outro subtraído, tiros trocados com a polícia e pessoas
mantidas reféns. A Justiça já recebeu a denúncia e eles se tornaram réus no
processo.
A ação penal
assinada pelo Promotor de Justiça André Ghiggi Caetano da Silva cita os crimes
de roubo mediante grave ameaça, incêndio expondo vidas ao perigo e organização
criminosa. "Esse fato abalou o município de Timbó Grande, atingindo várias
pessoas, e os autores precisam arcar com as consequências", diz o titular
da Comarca de Santa Cecília.
Os 11 réus estão
presos preventivamente, à disposição da Justiça. São sete homens e quatro
mulheres, com idades entre 23 e 59 anos. A lista inclui uma família com pai,
mãe e filho. Acredita-se que outras pessoas ainda não identificadas também
participaram da ação.
Segundo as
investigações, o grupo planejou o crime dividindo tarefas. Três integrantes da
organização chegaram à agência por volta das 14h20 fortemente armados, renderam
os vigilantes e anunciaram o assalto, fazendo graves ameaças. Enquanto isso, os
demais monitoravam as redondezas.
Eles subtraíram R$
291 mil dos caixas e terminais eletrônicos, um revólver, um celular e um colete
balístico, e ainda tentaram abrir o cofre, mas foram inibidos pela chegada da
Polícia Militar. Houve troca de tiros e os réus incendiaram um Fiat Pálio na frente
do banco, colocando muitas vidas em risco. Alguns clientes foram usados como
escudo humano.
Por fim, o trio
roubou o Toyota Etios de um funcionário da agência, fugiu levando dois reféns,
despistou as viaturas, libertou os reféns no caminho e foi a um sítio com o
dinheiro e os objetos roubados para encontrar outros integrantes da
organização.
O crime começou a
ser desvendado naquela mesma noite, em uma barreira policial. Durante a
abordagem a um Vectra, os agentes encontraram "miguelitos" para furar
pneus idênticos aos lançados na fuga. As duas ocupantes do veículo foram presas
iniciaram-se as investigações.
"As provas
coletadas até o momento apontaram a participação dessas 11 pessoas, mas outras
podem vir a ser identificadas à medida que as investigações avançarem",
conclui o Promotor de Justiça.
Com informações: MPSC
de Lages