Os caçadorenses Carlos Jaco Glemboski e Ruan Marcos da Silva
conquistaram neste final de semana o vice-campeonato brasileiro – Série Prata –
de vôlei sentado. Eles atuaram pelo time de Blumenau e só perderam a final por
3 sets a 1 para a equipe do Círculo Militar Paraná. A competição foi realizada
em Fortaleza.
Carlos tem 35 anos e já é atleta experiente no paradesporto.
Ele pratica o vôlei sentado desde 2007. “Eu tenho um encurtamento de uma das
pernas, mas isso nunca impediu de praticar esportes. Ainda quando morava em
Caçador comecei a ser convocado para a seleção brasileira de base, e desde
então já disputei uma Paraolimpíada, no Rio 2016, o Parapan de Montreal em 2017
e vários campeonatos nacionais e internacionais”, conta.
De acordo com Carlos, neste ano ele recebeu convite para
disputar a Série Prata do Brasileiro de Vôlei Sentado por Blumenau. “Quando
cheguei no time encontrei o Ruan que por coincidência também é de Caçador. Um
menino novo de 22 anos que perdeu a perna há dois anos e encontrou no vôlei uma
motivação. Ficamos amigos e conseguimos esse resultado expressivo por Blumenau
e por SC”, acrescenta.
“Minha meta agora é voltar ao meu time em Curitiba, tentar o
pódio no campeonato na Série Ouro agora em dezembro, e quem sabe voltar para a
Seleção Brasileira. E o Ruan já está nas categorias de base da Seleção e tem
muito potencial para crescer na modalidade. É um grande jogador”.
Modalidade
O vôlei sentado é esporte paraolímpico desde 1980 e vem
ganhando cada vez mais adeptos dentro do paradesporto mundial.
Podem competir homens e mulheres que possuam alguma
deficiência física ou relacionada à locomoção. São seis jogadores em cada time,
divididos por uma rede de altura diferente e em uma quadra menor do que na
versão olímpica da modalidade. Os sets têm 25 pontos corridos e, o tie-break,
15. Ganha a partida a equipe que vencer três sets.
A quadra mede 10m de comprimento por 6m de largura. A altura
da rede é de 1,15m no masculino e 1,05m no feminino. É permitido bloqueio de
saque, mas os jogadores devem manter o contato com o solo o tempo todo, exceto
em deslocamentos. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação
Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD).