Antes de iniciar este texto, tenho que dizer do prazer e da honra em escrever para este conceituado portal de notícias de Caçador e região.
Vamos lá.
Lembro que no início deste ano, até o mês de abril mais ou menos, João Dória, o então recém-empossado prefeito de São Paulo, era o preferido dos tucanos para a candidatura à presidência da República. Muitos embarcaram nesta onda, que agora baixou um pouco.
A mim, esta história de beijar criancinhas, varrer rua e coisas do tipo Dória, não me convencem. Penso serem mais atos de política demagógica, do que sinônimo de popularidade e competência administrativa.
Mas, repito, analistas começaram a ver que este tipo de ação política começou a dar resultado. Mas aí vieram os problemas de Dória, e Alckmin, seu criador e agora adversário interno, com muita calma, reiniciou o trabalho para ser o candidato, viajando o Brasil.
O senador Álvaro Dias, vendo que não tinha espaço no PSDB para sua pretensão presidencial, saiu do partido e foi para o PV, depois saiu do PV e agora está em outra sigla em busca de ascensão.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, vendo a briga entre Dória e Alckmin, começou a se assanhar e agora já diz em alto e bom tom que é pré-candidato do partido e o partido, o PSDB, fala em prévias presidenciais. Aliás, sempre falaram...
Mas penso que a disputa é mesmo entre Dória e Alckmin. Este último já não é mais visto como “picolé de chuchu”, como no passado e Dória coleciona mancadas. Sua gestão já não é vista como acima da média e... vendo que pode perder para Alckmin internamente, se ofereceu ao DEM e este deu de ombros. Resultado está ficando sem espaço, sem confiança e sem credibilidade.
Alckmin vem no mesmo passo, sem muitas novidades. Até porque dele não se espera muito. Seu eleitorado pensa que com ele na presidência da República, não seria muito diferente do governo de São Paulo, que sofre ataques, mas que segue apresentando bons resultados. Calmo, sereno e sem sobressaltos. Tomando pancada há mais de 20 anos, até agora, nada que desabone sua candidatura e também por isso, parece inspirar confiança.
Acho que neste momento, está mais para Alckmin.
Mariani ganha fôlego como candidato do PMDB a governador de SC
O fato parece nada significar, mas que para mim é de grande significado político, ocorrido nesta semana, quando recebeu o título de Cidadão Honorário de Joinville, reforça o apoio ao deputado federal Mauro Mariani, presidente estadual do PMDB, para que seja candidato a governador pelo partido nas eleições do ano que vem.
Não me digam que não existe disputa interna. Existem sim.
O prefeito de Joinville, Udo Dohler (PMDB) não desempaca, ou seja, nada diz, mas em várias situações age como pré-candidato; o vice-governador Eduardo Moreira (PMDB), vive alimentando especulações e o senador Dário Berger (PMDB) que deu inúmeras declarações pró-Mariani, anda em silêncio. Este conjunto de fatos, para mim, indicam que Mariani não está com o nome consolidado no partido.
Mas, ser cidadão honorário de Joinville, nesta altura do campeonato, significa meio que uma aceitação de seu nome na maior cidade do estado. Mariani já foi candidato a prefeito da cidade, mas nem o próprio o PMDB o aceitou totalmente.
Agora, parece, que Mariani se tornou joinvilense, não somente de direito como de fato.