Confesso que acho esta conversa meio chata.
O fato é que o duelo entre Renato Gaúcho e Zinedine Zidane, técnicos do Grêmio e do Real Madrid, respectivamente, que se enfrentaram na final do Campeonato Mundial de Futebol no Emirados, cercado de contornos extracampo ficou meio engraçado para torcedores colorados e outros, que não entraram no embalo de Galvão Bueno, da Globo, ávido por exaltar que o Grêmio era o Brasil na final do campeonato. "Nada", diziam muitos.
Mas muita gente entrou na do Galvão, que via um jogo igual. Nada. Sem querer fazer côro com os colorados, parecia jogo treino, sim.
Cá entre nós, Renato chegou longe demais, com dois ou três bons jogadores e uma meia-dúzia de jogadores que vão de pernas-de-pau a medianos. E o melhor jogador, Luan, simplesmente desapareceu em campo no jogo final. Geromel, aquele zagueiro com nome de remédio, sim, jogou muito. Acho até que não fica no Grêmio no ano que vem.
E do outro lado? Do outro lado, uma seleção.
Zidane, dos 11 titulares de seu time, todos são titulares em 7 seleções nacionais de seus países, ou seja, uma seleção, sim senhor.
1 X 0 foi pouco, muito pouco, em um jogo em que o Grêmio deu dois ou três chutes a gol e nenhum deles ofereceu perigo para o goleiro do clube espanhol. Sequer acertaram o alvo.
Em relação aos técnicos, como jogadores do passado, vi ambos pela televisão. Dois grandes jogadores, de época diferentes, estilo diferentes, porém importantes para seus clubes. Renato é o maior jogador da história do Grêmio; Zidane encantou por onde passou. De péssima lembrança para nós, brasileiros, pela final da Copa do Mundo de 1998.
Renato até que fez uma boa limonada com os limões que possuía. É bom técnico, folclórico, mas precisa estudar sim. A continuar como está, pode virar somente mais um fanfarrão.
Ele pode mais, muito mais.
Zidane é quem ficou abaixo, com tantos jogadores sensacionais para fazer um time.
O Grêmio, diga-se de passagem, perdeu com dignidade.