A vereadora Lidiane Cattani destacou durante sessão
ordinária na Câmara a necessidade de a Secretaria Municipal de Saúde rever a
política de atendimento implantada no Centro de Atenção à Mulher para desafogar
a UPA e a Emergência do Hospital Maicé. Segundo ela, as consultas acontecem
apenas por agendamento o que dificulta o acesso dos serviços para muitas
mulheres.
O pedido é que o atendimento seja por demanda livre, fazendo
com que as mulheres, ao se deslocarem até o local, já sejam atendidas. “Uma estrutura moderna e acolhedora como a do
Centro de Atenção à Mulher perde sua eficácia quando não consegue atender a
demanda com excelência”, destaca, relatando o caso de uma paciente que, embora
tenha obtido auxílio de amigos para realizar um exame de alto custo, depois de
oito meses do exame feito, conseguiu agendar o retorno para a próxima semana.
“Os exames têm prazo de validade. Se o paciente não consegue
agendar o retorno acaba perdendo-o e ninguém tem dinheiro para ficar refazendo.
É preciso agilidade e rapidez na realização de todos os recursos para se ter um
diagnóstico preciso e precoce para tratar o problema de saúde”, afirma.
Ela relata ainda o caso de outra paciente que buscou
atendimento ginecológico e foi atendida em janeiro, conseguiu fazer os exames
pelo SUS, mas, a ultrassonografia transvaginal, se quer conseguiu agendar, e o
retorno só é agendado quando estiver com todos os resultados em mãos.
Lidiane questionou o discurso dos órgãos de saúde pública
que destacam a importância da prevenção, de se buscar um diagnóstico precoce
diante da dificuldade de conseguir agendar uma consulta ou exame.
“Por que no consultório particular o médico pode atender 15,
20 pessoas no dia, fazer encaixe, e no serviço público de saúde apenas oito
fichas ou 15 agendamentos? É preciso mudar esta maneira de atendimento, pois
quem perece com tudo isso é a própria população”, disse.
“Por que a UPA e a emergência do Hospital Maicé estão sempre
lotados? Porque os serviços básicos de saúde não atendem à demanda. Tem casos
que não dá para esperar a data da consulta. Por isso mais uma vez afirmo: o
atendimento no Centro de Atenção a Mulher, nas Unidades Básicas de Saúde e
demais serviços na área da saúde devem atender por demanda livre (espontânea),
não por ficha ou agendamento”, completa.