A Polícia Civil de Santa Catarina, por intermédio da Divisão
de Investigações Criminais (DIC) de Caçador, finalizou e encaminhou ao Poder
Judiciário o inquérito que apurava crimes contra a administração pública,
praticados no Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep), unidade
de internação, em Caçador.
As pessoas investigadas no começo eram a ex-coordenadora do
local, que foi afastada de suas funções após representação da Polícia Civil,
além de um empresário caçadorense que atua no ramo de venda de frutas, verduras
e legumes. No decorrer da investigação foram descobertas ilicitudes de um outro
empresário da cidade, do ramo de restaurantes, e um agente socioeducativo do
DEASE de Chapecó.
Uma operação no fim do ano passado flagrou objetos
supostamente comprados com dinheiro público, em uso na residência da acusada.
Foram apreendidos documentos na casa dela, na unidade de internação e em um
estabelecimento comercial de frutas e verduras na cidade.
Com o término do inquérito, a ex-coordenadora foi indiciada
pelos crimes de peculato, falsificação de documento público e falsidade
ideológica. Um dos empresários da cidade foi indicado por peculato e emissão de
nota fiscal simulada, e o segundo empresário pela emissão de nota fiscal
simulada.
As penas máximas somadas, no caso da ex-coordenadora,
ultrapassam os vinte anos de prisão, no caso dos empresários a conta chega a
dezesseis anos e quatro anos, respectivamente.
O inquérito relatado pelo delegado coordenador da DIC de
Caçador agora será analisado pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário.